Introdução
Peço licença, para transcrever o estudo
realizado por meu filho, Gunar Berg, quanto à evangelização na era da
informação.
O mundo está
mudando rapidamente. Você já pensou nisso? Tenho certeza de que sim. Mas até
aí, nada de novo, pois tudo vem mudando desde que o mundo é mundo. As culturas
são vivas e estão em constante transformação. As sociedades acomodam-se,
invariavelmente, a novas demandas e condições. Logo, a mudança, em si mesma,
nem de longe é uma surpresa. Por conseguinte, o sobressalto dos nossos dias não
é a transformação, mas a velocidade com que ela acontece.
Um dia, meu pai trouxe para casa um
LongPlay... (Permita-me um longo parêntese: isso aconteceu há vinte anos. Desde
então, presenciei a morte do LP, o nascimento e a extinção do CD, a passagem
meteórica dos pen drives e a apoteose das músicas arquivadas na nuvem. Em duas
décadas, três tecnologias surgiram e três foram sepultadas. Quanto ao velho LP,
logrou reinar absoluto por sessenta anos — as coisas estão de fato mudando
rapidamente.)
Voltando ao caso... Um dia, meu pai trouxe
para casa um LP com mensagens radiofónicas gravadas pelo grande comunicador
cristão Roberto Rabello. Enquanto o disco girava na vitrola, eu imaginava o
exato momento em que aquelas pregações eram irradiadas ao vivo pelas
transmissoras — o ruído da agulha contra o vinil era igual aos das ondas de
amplitude modulada que chegavam aos aparelhos antigos. O toca-discos era uma
máquina do tempo.
A primeira mensagem do Lado A daquela
bolacha contava algumas curiosidades. Com voz calibrada e leitura magistral, o
pastor Rabello relembrou o tempo quando os primeiros trens começaram a circular
pelos Estados Unidos, cruzando a grande nação de costa a costa. Diante da
novidade, os jornalistas descreviam o assombro que era viajar a incríveis 60
quilómetros por hora. Nessa época, o responsável pelo escritório de patentes
norte-americano concluiu que seu trabalho chegara ao fim, pois nada mais havia
para ser inventado pelo homem. E com deliciosos outros exemplos, aquela
pregação cravou em mim a certeza inabalável de que a Bíblia resistirá não só às
mudanças, mas à velocidade com que elas acontecerem: “0 céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35).
- Gunar Berg
I. VELOCIDADE E ANGÚSTIA
O tempo
presente tem sido chamado de a era da informação. Apesar de adequado, a
nomenclatura exige alguma reflexão. Se esta é a era da informação, seria
correto supor que já houve uma era de desinformações? Alguém pode pensar que
sim, mas não existiu. Nem mesmo durante a Idade Média, que entrou para o
imaginário histórico como o período das trevas, houve desinteligência. A grande
diferença entre o presente e os tempos idos é a velocidade com que as
informações se multiplicam e se propagam. São duas, portanto, as principais
características da era da informação: o conhecimento e a celeridade (esta é o
nosso grande desafio).
O principal
fruto da rapidez das informações não é a facilidade, mas a angústia. É tão
forte o incômodo pelo imediatismo que, no Japão, é comum os adolescentes serem
humilhados virtualmente pelos amigos, caso demorem em responder-lhes às
mensagens instantâneas via celular — pois, se são instantâneas, por que a
demora? Alguns simplesmente não resistem à pressão e suicidam-se.
A sanha pela
presteza é tal que aquilo que, há bem poucos anos, era considerado o suprassumo
das comunicações tornou-se praticamente inútil. O e-mail, como sabemos, nasceu
com os dias contados. Sem cerimônia, ele desbancou as tradicionais cartas para,
em seguida, ser pisoteado pelo Messenger
e sepultado pelo WhatsApp; a pá de
cal não demora a chegar. Estes e muitos outros recursos, embora úteis, têm-se
mostrado nocivos. Apesar de não serem intrinsecamente maus, não deixam de
causar-nos algum mal.
A angústia pela
velocidade está roubando-nos a noção de tempo. Antes dos transportes mecânicos
ultravelozes, preocupávamo-nos não com o tempo, mas com as distâncias. Os
viajantes que seguiam a pé, ou nos lombos de alguma montaria, planejavam suas
viagens em quilómetros, pois não tinham como tornar mais rápidos os passos dos
animais ou os seus próprios passos. Mas tão logo os trens, os automóveis
modernos e os aviões supersônicos começaram a dominar essas e outras rotas, as
viagens passaram a ser planejadas não pela extensão, mas pelo tempo — a
pergunta mudou de “Qual a distância?” para “Quanto tempo até chegar?”.
1. Ser sem estar presente. Depois de
relativizar os quilómetros de uma jornada, a velocidade chegou finalmente à
informação e à comunicação. A partir do tráfego de dados na rede mundial de
computadores, até mesmo o sentido de estar
foi mudado. Isso fica bastante fácil de compreender em nosso idioma, pois a
língua portuguesa distingue o ser e o
estar. As videoconferências
permitem-nos ser presentes sem estar presentes. Converso quase todos os dias
com meu filho, eu no Rio de Janeiro, e eles em Paulínia, separados por 600
quilómetros. Ele me vê e também a casa em que morou. As pessoas e os lugares
mais distantes estão próximos de nós tanto quanto os dedos estão perto da tela
de um smartphone. E como foi que isso
mudou a noção de tempo a que nos habituamos?
Durante os
tempos do Brasil colônia, uma viagem entre Portugal e o Novo Mundo durava, em
média, 60 dias, dependendo dos ventos, das calmarias, das tempestades e do que
mais pudesse haver. Mesmo durante a crise que ameaçou o reinado de Dom João VI
(ele no Brasil e o problema lá na corte em Lisboa), as cartas iam e vinham em
ritmo perturbadoramente lento para a urgência de um império como o português.
Há alguns anos, o tempo de correio não era contado em meses, mas em dias —
ainda assim, um exercício de paciência.
E então, de
repente, você escreve um recadinho para alguém no outro lado do globo, e essa
pessoa responde com um áudio, e tudo isso não demora mais que o tempo
necessário de escrever ou falar. É claro que isso é extremamente vantajoso,
porque ninguém gosta de esperar, e há coisas que não podem mesmo aguardar. O
problema não é, entretanto, não precisar esperar, mas não aceitar que se deva
esperar por algo. É por isso que a sociedade comprometeu a sua noção de tempo e
de importância. Se os minutos escoam é porque não sabemos como administrar as
informações inesgotáveis que passam por nós. Se eles se arrastam é porque não
sabemos o que fazer sem os milhares de informações que deveriam voar diante de
nós.
2. Uma geração de ineditismos. Não se
deixe enganar pelas palavras. Dizer que nossa geração comete ineditismos é
muito diferente de afirmar que somos uma geração de pioneiros. Pioneirismo tem
a ver com nobreza e altruísmo; ineditismo, porém, significa apenas fazer alguma
coisa, qualquer coisa, pela primeira vez (e isso não é necessariamente bom).
Somos, por exemplo, a primeira geração da história a dormir menos do que o
necessário, e também a primeira a comer mais do que o aceitável. A situação
piora quando se descobre que somos os primeiros a destruir, por prazer, as
coisas das quais precisamos para sobreviver. Esse comportamento tem nome:
hipoteca do tempo futuro, e é provocado pela angústia causada pela velocidade
da informação e a sua abundância.
O sociólogo
polonês Zygmunt Bauman apontou a imprevidência de se hipotecar o futuro quando,
ao abusarmos do presente, vivemos com excessos, acima dos limites ou das
necessidades. Estamos fazendo saques antecipados do futuro, e não há como saber
se conseguiremos pagar essa promissória. Mas como esse é o comportamento padrão
das sociedades de consumo, ele é considerado normal. Mas não é! Aliás,
aprendamos algo: normal não é sinônimo de comum. Normal é aquilo que segue a
norma, a regra. Comum é apenas algo recorrente. Logo, é cada vez mais comum as
pessoas sacarem antecipadamente o tempo que ainda não viveram, hipotecando o
futuro. Embora comum, esse comportamento é anormal, pois não foi assim que Deus
planejou a nossa vida.
II. PECADORES DIGITAIS
Até os anos
2000, ouvíamos dizer que, ao se desligar o televisor, uma janela se fechava ao
pecado. Agora, carregamos pequeninas basculantes que fazemos questão de manter
abertas. Nossos celulares são, potencialmente, frestas pessoais e
intransferíveis às tentações e concupiscências. Isso mostra que, na era da
informação, há uma superexposição ao pecado. O Senhor Jesus alertou-nos que,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos viria a esfriar-se.
1. Íntimo e sigiloso. As situações que
favorecem o pecado são sempre íntimas e sigilosas. Foi assim que Davi perpetrou
um adultério e um assassinato (2 Sm 11). O caso de Amnom e Tamar também é
bastante emblemático (2 Sm 13). Alguém perguntará: Se ambos os exemplos são tão
antigos, em que a era da informação é mais perigosa? Seu risco está em
multiplicar as possibilidades dessa mistura letal: intimidade e sigilo.
Primeiro, com
os computadores pessoais e, agora, de forma irresistível, com os tablets e
celulares. Isso formou uma geração de usuários que vive seus dias na intimidade
e no sigilo dos aparelhos eletrônicos. Escondidas atrás das telas, as pessoas
sentem-se mais seguras em transgredir as leis e os mandamentos do Deus que tudo
vê.
2. O pecado viral. Os mesmos recursos
que, rapidamente, proporcionam conhecimentos e saberes também possibilitam
pecados e apostasias em tempo real. Se uma informação, ou evento, populariza-se
na internet, os especialistas dizem que é um viral, algo que se espalha tão rápido como um vírus, ou como o
pecado. Comportamentos pecaminosos disseminados nas redes sociais são
velozmente imitados (Gn 18.20).
3. O conhecimento de enciclopédia.
Alguns alunos acostumaram-se tanto aos recursos de pesquisa pela internet que
não se dão ao trabalho de produzir suas próprias pesquisas e chegar às suas
próprias conclusões. Eles apenas reproduzem. Esse é o paradoxo da era do
conhecimento: as informações estão disponíveis em tal quantidade, que poucos
sabem o que fazer com elas. Logo, o conhecimento moderno não está contribuindo
para o avanço moral e ético da sociedade. A única forma de desenvolvimento que
temos experimentado é de quantidade, não de qualidade. Nunca o homem conheceu
tanto sobre si e tão pouco sobre Deus! (Os 4.1). Por esse motivo, temos de
concentrar-nos a falar de Cristo a uma geração que só conhece a rapidez e o
instantâneo.
III. COMO PREGAR O EVANGELHO À GERAÇÃO
FAST
“Quando procuro
um vídeo, não perco tempo com nada que tenha mais que três minutos!” “Quem não
consegue se expressar com sete palavras não merece dizer setenta” “Uma ideia em
cento e quarenta caracteres.” Andando pelos corredores dos shoppings,
caminhando pelos calçadões do comércio, nas conversas com os alunos nos
seminários ou com os irmãos da igreja, aqui e ali, sempre escuto frases assim.
Sentenças que têm a ver com pressa, velocidade, expectativas imediatas. Elas
são o retrato de como está o mundo: com cada vez menos tempo e cada vez mais
coisas a fazer.
1. Falar de Cristo em poucos minutos.
Por outro lado, ainda não aprendemos a falar de Cristo em alguns poucos
minutos. Uma mensagem bem elaborada requer, no mínimo, cinquenta minutos. Mas
quem, ao navegar pela internet, pararia para ouvir, durante meia hora, um
sermão acerca da necessidade de uma vida de renúncias? A coisa está difícil até
para os anunciantes de bens de consumo que, para conseguir a atenção da
audiência da internet, sempre livre e independente, obrigam os navegantes a
assistir, ao menos, cinco segundos de seus comerciais nos sites de vídeos e
notícias — se essas propagandas não fossem obrigatórias, ninguém as veria! Se
quem vende sonhos de consumo enfrenta tal dificuldade, como agirá aquele que
ensina ser Jesus Cristo a única esperança para esta geração? O que devemos
fazer?
2. O que dá certo na era da informação?
Em plena era da informação, eu cultivo um antigo hábito: ouvir rádio. E foi
escutando noticiários que ouvi um professor de tecnologia, cujo nome não
consigo lembrar-me, dizer algo interessante. Segundo ele, o rádio, apesar de
antigo, possui as características indispensáveis que fazem as coisas dar certo
na era da informação: tem qualidade e é gratuito. Se você tem o costume de
escutar rádio, sabe do que o professor estava falando. Se algo é bom e de
graça, provavelmente dará certo na era da informação instantânea. Diante dessa
reflexão, disse a mim mesmo: “Tá fácil para nós! O evangelho é bom e
gratuito!”. Como diz a geração da internet: “É isso, só que não”.
A mensagem que
pregamos é antiga como o mundo (Gn 3.15) porque é absolutamente tudo de que o
mundo precisa. Só compete a nós fazermos a sua anunciação da forma correta. O
problema, portanto, não é o que pregamos, mas como o pregamos e se, de fato, o
estamos pregando.
Essa equação
não está fechando, e a culpa é nossa. Infelizmente, não há gratuidade nem
qualidade em boa parte dos púlpitos e na maioria dos programas evangélicos
radiofônicos e televisivos. Uma rápida zapeada pelos canais de televisão mostra
dezenas de apóstolos, um sem número de bispos e pastores pedindo dinheiro,
solicitando ofertas, requerendo doações, clamando por ceifeiros, colaboradores
e sócios que possam dar, dar e dar.
Numa emissora
de rádio, descobri um pastor agastando-se numa pregação que não tinha fim.
Durante quarenta minutos, aquele homem, nem por uma vez, disse algo sobre a
santidade, ou o pecado, ou a necessidade de arrependimento. Ele já estava
falando quando liguei o rádio do carro, e deve ter continuado, por algum tempo
ainda, depois que estacionei o veículo. Ele falou somente nas bênçãos que
viriam na forma de bônus para quem desse as maiores ofertas. Ao ouvi-lo, logo
conclui: estamos pregando coisas ruins e cobrando muito caro por isso. Esse
tipo de evangelho não tem como dar certo na era da informação. Aliás, foram
pregações mercenárias e dinheirosas como essa que provocaram a reação de
Martinho Lutero no século XVI.
Para pregar o
evangelho na era da informação, carecemos apenas de uma coisa: pregar o
evangelho! É tão simples. Alguns de nós é que insistem em fazer o errado!
Com o
surgimento das redes sociais, muitos cristãos diziam que os seus perfis tinham
a finalidade de falar de Jesus. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. A
maioria dos crentes está transferindo para o virtual os seus maus hábitos
reais. Não há evangelização, não há pregação e não há testemunhos. Só vejo
brigas, contendas e testemunhos duvidosos. Logo, a estratégia para ser um
arauto virtual não é montar um perfil de pregador, de cantor ou de qualquer
outro tipo de celebridade gospel. O que importa é ser crente real com um perfil
santo e também real e imediato.
Não basta
postar vídeos com meditações e apelos evangelísticos, ou publicar frases de
esperança. Nada disso terá qualquer efeito se a sua vida (dentro e fora das
redes) for contrária à mensagem que você está tentando anunciar.
3. Somos evangelistas analógicos e
ultrapassados? Na era da informação, é urgente responder a uma série de
perguntas, visando dinamizar a prática evangelística da igreja. A pregação
precisa de um novo formato? O evangelismo que praticamos é antiquado?
a) A Palavra épermanente. Mateus 24.35
afirma que a Palavra de Deus há de durar para sempre, ao passo que o mundo é
efêmero e mui passageiro. Portanto, o evangelho de Cristo não muda. Logo, o seu
conteúdo não precisa ser alterado para adequar-se à era da informação. O que
era desde o princípio continua válido até hoje.
A mensagem da
salvação possui características exclusivas que a fazem comunicável a qualquer
grupo em qualquer situação. Ela é imutável e resiste às mais repentinas
transformações sociais. É ilimitadamente transformadora, porque tem o poder de
mudar a vida do mais vil pecador (Rm 1.16).
b) Não confunda recursos com modelo.
Muitos evangelistas argumentam que o modelo bíblico de evangelização deve ser
revisto, pois não está à altura dos desafios da era da informação. Isso não é
verdade. Nosso modelo evangelizador é divinamente perfeito. Foi exemplificado
pelo Senhor Jesus em seu ministério terreno. O que deve ser revisto são os
recursos (2 Tm 4.2,3).
c) Um modelo de 2.000 anos. Nosso modelo
de evangelismo é fundamentado no amor às almas. O evangelismo, segundo Cristo,
atrai o pecador pelo amor. Não que a graça seja irresistível, mas não há como
negar que ela é atrativa. O modelo de Cristo para ganhar almas é, portanto,
orientado pelo amor ágape que só o Espírito Santo nos pode comunicar. Isso
significa que não evangelizamos por causa de alguma preferência, mas apesar de
qualquer coisa. Cristo vê no pecador não o que ele é, mas quem ele pode vir a
ser.
IV. GANHANDO ALMAS NA ERA DA INFORMAÇÃO
Está se
popularizando, em muitas igrejas, um novo tipo de trabalho: o Departamento de
Mídias. Em linhas gerais, os cooperadores dessa nova seara operam os recursos
de áudio e vídeo durante os cultos e, nos casos mais expoentes, transmitem-nos
ao vivo pela internet. Faz parte dessa tarefa a criação e a manutenção de sites
com recursos visuais impressionantes. Mas isso é tudo?
1. Uma rede para pescadores de homens.
A atenção de quem navega pela internet é seletiva. Na rede mundial de
computadores, ninguém perde tempo com o que não deseja. Então, por mais que as
igrejas marquem presença nesse território, devemos levar em conta que, mais
importante que um templo (ou um site), é um missionário que pode ir até onde a
igreja não pode chegar.
Cristo
comissionou pescadores de homens. Isso tem a ver com o caráter razoavelmente
solitário da tarefa evangelística, cujos resultados são contados alma a alma. É
assim que a internet funciona! Uma simples frase evangelística que, embora
despretensiosa, é compartilhada centenas de vezes pelos membros da congregação,
atingirá muitos mais pecadores do que o lindo site da igreja procurado apenas
pelos que já são crentes.
2. Você é o que você publica. Jesus
disse em Mateus 12.34 que “a boca fala do que está cheio o coração” (ARA).
Logo, as nossas postagens cotidianas, nas redes sociais, têm muito mais poder
testemunhal do que as frases intencionalmente evangelísticas, pois somos o que
publicamos.
Admiradas, as
pessoas indagavam acerca da fonte da autoridade das pregações de Jesus. Todas
elas, porém, sabiam que Ele ensinava com autoridade, e não como os escribas e
fariseus (Mc 1.22). O Mestre, antes de tudo, vivia estritamente por suas
palavras. O seu discurso intencional concordava com as suas ações. Conclui-se
que uma mensagem evangelística, perdida entre centenas de postagens
inconvenientes, pecaminosas e mundanas, será tão destrutiva quanto o pior dos
vírus de computador.
3. Crie uma FanPage. A FanPage é
diferente do perfil. Este serve para pessoas; aquela, para empresas e
instituições. A sua igreja, seu grupo de jovens e adolescentes, ou qualquer
outro departamento de sua congregação, pode ter uma FanPage. É absolutamente
gratuito e muito fácil de usar. Na verdade, o FaceBook encarrega-se de orientar
o usuário nas postagens. Além disso, os relatório da FanPage (todos fornecidos
automaticamente pelo FaceBook) permitem-lhe monitorar a repercussão das
postagens.
4. Desenvolva um canal no YouTube. Como
já dissemos, na internet apenas as iniciativas excelentes e gratuitas
sobrevivem. Por isso mesmo, é possível usar alguns serviços excepcionais, na
rede, sem gastar nenhum centavo. Haja vista os canais do YouTube. Um canal é
como um álbum de figurinhas, só que elas têm movimento e som. Você pode postar
vídeos curtos (para fins evangelísticos, eles não podem ter duração superior a
um minuto) ou palestras e pregações. Mas é importante que você tenha algo em
mente: ninguém acessa ou assina um canal para fazer de você uma celebridade
digital. As pessoas só assistem àquilo que as interessa; na internet, ninguém é
obrigado a nada. Então, seja criativo e relevante; busque a sabedoria do alto.
5. Crie uma lista de transmissão no
WhatsApp. O Brasil tem mais aparelhos telefônicos ativos que pessoas! E se
você possui um celular, provavelmente tem WhatsApp. Esse aplicativo caiu no
gosto dos brasileiros de tal maneira, que o nosso país é a maior audiência dele
fora dos Estados Unidos. Mas com o WhatsApp veio a perturbadora mania dos
grupos. É grupo de mocidade, das irmãs, da classe da Escola Dominical, da
faculdade e do pessoal do trabalho. E o que era para ser um fórum para assuntos
ligados aos interesses comuns tornou-se um meio de divulgação de piadas, vídeos
bizarros e imagens satíricas. Para fins evangelísticos, portanto, um grupo é
uma coisa inútil. O que fazer?
A solução pode
estar nas listas de transmissão. Com essa funcionalidade, você pode enviar uma
mensagem redigida em linguagem direta não para um, mas para todos os seus
contatos. Ela será visualizada pelos destinatários como sendo um recado pessoal
seu para eles, para cada um pessoalmente, mas sem o trabalho de redigir um
texto para cada contato. Então, faça uma lista de transmissão apenas para os
seus contatos não crentes. Veja como é fácil: Abra o aplicativo WhatsApp; vá
até Conversas > Menu > Nova Transmissão; escolha os nomes dos
destinatários; e, finalmente, confirme e toque em Criar.
Conclusão
O mundo jamais
viveu um avanço científico, industrial ou acadêmico como este. Sem exageros, o
conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito,
descoberto ou criado anteriormente. Mas isso não deve surpreender-nos.
Primeiro, por que está previsto nas Escrituras (Dn 12.4) e, segundo, por que o
saber não é essencialmente danoso (Pv 2.6). Ao contrário, beneficiamo-nos tanto
da medicina quanto da tecnologia atual de telecomunicações. Entretanto, a era
da informação, apesar das óbvias vantagens que oferece, é um desafio
evangelístico, pois não houve outro momento com mais distrações ou
concorrências à pregação do evangelho do que o atual.
A maioria de
nós não é nascida no ambiente virtual da era da informação. Ao contrário,
tivemos de aprender a viver neste período. Mas as necessidades dos seres
humanos continuam as mesmas: o homem ainda precisa de Deus e da salvação em
Jesus Cristo. Você pode não entender todos os recursos da modernidade, mas
conhece o modelo ideal para ganhar almas. Então, fale de Cristo.
Autor:
Claudionor de Andrade
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