Introdução
Acabo de
assistir a outra reportagem sobre os refugiados sírios, que não param de chegar
à Europa. Sãos milhares de adultos, jovens e crianças que, na bagagem, trazem
apenas fome, angústia e um restinho de esperança. A maioria desembarca apenas
com a roupa do corpo. Outros nem chegam a pisar o solo europeu; naufragam no Mediterrâneo
e, ali, longe da pátria querida, são sepultados. Diante da maior tragédia
humanitária, desde a Segunda Guerra Mundial, não podemos sufocar a pergunta: “O
que temos feito em favor dessa gente?”.
Não os vejamos
apenas como muçulmanos. Antes de tudo, são almas preciosas por quem Jesus
morreu. Todo esse campo missionário vem até nós em busca não só de asilo, mas
também de refugio espiritual. Não podemos ignorá-los, nem tapar os ouvidos ao
seu clamor. Sem o saber, eles anseiam por um encontro pessoal com Deus por
intermédio de Cristo.
Ainda que em
menor quantidade, o Brasil também é procurado por refugiados de várias partes
do mundo. Em São Paulo, não é pequeno o número de haitianos, africanos e
sírios. Diante da urgência da Grande Comissão, descruzemos os braços e
proclamemos-lhes a mensagem da cruz.
Neste capítulo,
veremos que a evangelização é a tarefa mais urgente da Igreja de Cristo. Além
dos exilados que nos vêm de longe, aqui mesmo, bem pertinho de nós, há alguém
suspirando pelo evangelho que salva, transforma e reconcilia-nos com o Pai.
I. Evangelho, as Boas-Novas de Salvação
William Gurnall
(1616-1679) descreve com rara beleza a influência das Boas-Novas de Cristo na
alma do pecador: “O evangelho é a carruagem com a qual o Espírito desfila em
triunfo quando entra no coração dos homens”. O admirável escritor britânico
sabia que somente o evangelho, por ser o poder de Deus, tem a virtude
suficiente para transformar radicalmente a alma humana.
1. Evangelho, uma palavra graciosa. O
termo “evangelho”, oriundo do vocábulo grego euaggélion, significa literalmente
“boa-nova”. A palavra é formada por dois vocábulos gregos: eu, bom, e aggélion, anúncio. Trata-se de uma
expressão antiquíssima da língua grega. O poeta Homero utilizou-a, no século
oitavo a.C., com o sentido de “recompensa por uma boa notícia”. Quando da
tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o grego, os Setenta
utilizaram-na, por exemplo, em 2 Reis 18.20,22,25.
A palavra,
contudo, só viria adquirir a conotação com que, hoje, a conhecemos a partir do
advento de Cristo. Após o seu batismo, o Senhor apresentou-se a Israel com o
evangelho do Reino. Ao descrever a ação evangelizadora de Jesus, ressalta-lhe
Mateus não somente as palavras, mas notadamente os atos: “E percorria Jesus
todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”
(Mt 9.35).
O Senhor Jesus
veio para transmitir, em sua plenitude, o evangelho de Deus. Se, por um lado,
proclamou a redenção da alma, por outro, não deixou de anunciar a cura do
corpo. Em seus lábios, a palavra “evangelho” adquire um significado novo,
profundo e dinâmico. O termo grego, agora, não se refere mais à mera recompensa
a quem traz uma boa notícia. A partir daquele instante, a graciosa palavra
caminha em sentido inverso. Generosamente, contempla os que nada merecem. Basta
crer na mensagem, a fim de entrar no Reino que Deus preparou aos seus filhos
desde a fundação do mundo (Mt 25.34; Ef 2.8).
Ao longo do
Novo Testamento, o evangelho recebe diversas designações: evangelho de Deus,
evangelho do Reino de Deus, evangelho da graça de Deus, evangelho eterno, meu
evangelho e outro evangelho.
2. Evangelho de Deus. Jesus Cristo
apresentou-se a Israel com o evangelho de Deus (Mc 1.14). Ele deixou bem claro
à sua audiência, constituída também por escribas e fariseus, que a sua
mensagem, embora nova, não trazia qualquer inovação. Antes, era o cumprimento
do que anunciara o Antigo Testamento. Logo, os doutores da Lei poderiam
constatar-lhe a veracidade se fizessem uma releitura da Lei, dos Escritos e dos
Profetas. Aliás, assim haviam procedido os rabinos a quem Herodes indagara
quanto ao lugar do nascimento do Messias (Mt 2.1-6).
O evangelho de
Deus é o cumprimento das promessas que o Senhor fizera ao mundo, por meio de
Israel, no Antigo Testamento. Não se trata de um rompimento com o Velho Pacto,
mas um fiel cumprimento deste na Nova Aliança, que tem como base o sangue de
Jesus (1 Co 11.25).
3. O evangelho de Cristo. Paulo fazia
questão de enfatizar aos crentes gentios que o evangelho que anunciava era o de
Cristo. Na mais teológica de suas epístolas, declara à igreja em Roma: “De
sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus. Porque
não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para
obediência dos gentios, por palavra e por obras; pelo poder dos sinais e
prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e
arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo” (Rm
15.17-19).
A teologia
paulina era geograficamente ampla. De Jerusalém à Itália, o apóstolo patenteava
que o evangelho não era um apêndice do judaísmo, mas o cumprimento messiânico
das promessas do Antigo Testamento. Portanto, não era o evangelho de Israel,
mas o evangelho de Cristo para Israel e o mundo.
4. O evangelho do Reino de Deus. É a
proclamação mais escatológica do evangelho de Cristo. De maneira plena, cumpre
a aliança que Deus firmara com a Casa de Davi (2 Sm 7.16). Logo no primeiro
versículo do Novo Testamento, o evangelista destaca a eternidade da linhagem de
Jessé na pessoa e no ministério de Cristo, filho de Davi, filho de Abraão (Mt
1.1). Não foi por mero acaso que Mateus cita o rei antes do patriarca, pois
Jesus é mais conhecido como filho de Davi do que como filho de Abraão (Mt
15.22).
Quando os
apóstolos indagaram-lhe acerca do estabelecimento do reino a Israel, tinham em
vista, apenas, o aspecto escatológico e futuro do evangelho, e não a sua
urgência presente e evangelística. Para realçar a premência da Grande Comissão,
o Senhor prometeu-lhes a vinda do Espírito Santo (At 1.18). O evangelho do
Reino de Deus enfatiza o mistério daquela minúscula semente que, geminando no
coração do homem, frutifica a transformação da sociedade e do mundo. Além dos
efeitos presentes, trará a instalação do Milênio com a apresentação de Jesus
como o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
5. O meu evangelho. Não encontramos na
Bíblia um evangelho segundo Paulo. Não obstante, o apóstolo refere-se ao
evangelho como se fora a sua propriedade (Rm 2.16; 16.25; 2 Tm 2.18). Ele
recebera-o diretamente do Senhor em, pelo menos, duas ocasiões especiais (2 Co
12.1-4; Gl 1.17,18). Quer nos ermos da Arábia, quer no paraíso do terceiro céu,
Paulo aprendera, diretamente do Senhor, os mistérios do evangelho.
Portanto,
anunciava a todos, judeus e gentios, o evangelho de Cristo que, como
fundamento, tinha a graça de Deus. Por isso, combatia sem qualquer trégua o
outro evangelho, que porfiava em anular a graça divina por meio dos rudimentos
da lei mosaica.
6. O outro evangelho. Os judaizantes,
empenhando-se por desconstruir o evangelho de Paulo, ensinavam que, sem as
obras da Lei, ninguém será salvo. Contra tal ensinamento, Paulo insurge-se e
denuncia a primeira heresia evangélica:
Maravilho-me de
que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro
evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem
transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu
vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. (Gl.
1.6-8)
Hoje, além dos
outros evangelhos, temos os evangelhos dos outros. Na luta para cevar o
marketing pessoal, os falsos mestres vão acrescentando, ao evangelho de Cristo,
desde as bijuterias mais finas aos penduricalhos mais esdrúxulos. Alguns
apresentam o evangelho da prosperidade; outros vêm com o evangelho social; e
ainda outros, ostentam o evangelho místico e sincrético. Por essa razão,
estejamos atentos para apresentar a mensagem da cruz em sua simplicidade e
pureza.
II. O Evangelho de Cristo e o Cristo do Evangelho
Como separar de
Cristo o seu evangelho? Não podemos fazê-lo, porque o evangelho é Cristo e
Cristo é o evangelho. É por isso que o Novo Testamento não se preocupa em
biografar Jesus. Antes, glorifica-lhe o triunfo na cruz.
1. Jesus, o imbiografável. Os quatro
evangelistas são assim chamados por haverem narrado, sob a inspiração do
Espírito Santo, a encarnação, o ministério, a morte e a ressurreição do Filho
de Deus. Os seus livros poderiam ter recebido outras designações, como por
exemplo, a biografia de Jesus segundo Mateus. Entretanto, como descrever a
trajetória do Pai da Eternidade? Nesse sentido, quem mais aproximou-se de uma
obra biográfica foi João. Em três pequenos versículos, o discípulo amado resume
a revelação do Salvador: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3).
Não se pode
biografar quem não teve início, nem terá fim. A Moisés, o Eterno apresentou-se
como o “Eu sou” de Abraão (Êx 3.14). De igual modo, identificou-se o Pai da
Eternidade aos judeus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao
Pai senão por mim” (Jo 14.6).
O objetivo dos
quatro Evangelhos não é biografar Jesus, mas ressaltar-lhe a obra
evangelística. Mateus mostra-o como o Rei almejado por Israel. Marcos
destaca-lhe o espírito manso e servidor. Lucas sublima-lhe a humanidade. Quanto
a João, teologizando-o, apresenta-o como o Unigénito do Pai. É por isso que
nenhum evangelista preocupou-se com os seus dezoito anos de silêncio. Aliás,
nem o minucioso Lucas ocupou-se desse período tido, pelos historiadores, como
obscuro e sincrético.
Jesus fez a sua
primeira declaração evangélica aos 12 anos no Santo Templo. Ansiosamente
buscado por José e Maria, respondeu-lhes gentilmente: “Por que é que me
procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc
2.49). A partir daquele momento, tinha início os seus dezoito anos de preparo
silencioso, que somente haveria de ser quebrado quando o Pai declara ao mundo o
seu amor eterno pelo Filho: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt
3.17). O silêncio, começado pelo Filho, é quebrado pelo Pai. Em pleno Jordão,
era inaugurada a proclamação oficial do evangelho do Reino de Deus.
A fim de
proclamar as Boas-Novas do Reino, Jesus exerceu plenamente os três ofícios
messiânicos: profeta, sacerdote e rei. Nenhum personagem, entre todos os santos
do Antigo Testamento, teria condições de revelar o evangelho de Deus, em sua
plenitude, como Ele o fez. Davi entrou para a História Sagrada como rei e
profeta, mas não era sacerdote. Samuel notabilizou-se como sacerdote e profeta,
mas nunca usou a coroa real. Quanto a Moisés, o maior dos profetas, não era
sacerdote nem rei. Portanto, só o Senhor Jesus, sacerdote eterno segundo a
ordem de Melquisedeque, rei de Salém, estava habilitado a desvendar a Israel e
ao mundo a eficácia do evangelho. Em seu ministério, Jesus mostrou que o
evangelho é profético, sacerdotal e real, por incluir estes três elementos:
proclamação, intercessão e almejo pela vinda do Reino de Deus. Faltando um
desses elementos, o evangelho jaz incompleto. É impossível, pois, separar o
evangelho de Cristo e o Cristo do evangelho.
III. Evangelismo ou Evangelização
O escritor
britânico John Blanchard descreveu perfeitamente como deve ser a evangelização:
“Não podemos levar o mundo todo a Cristo, mas podemos levar Cristo a todo o
mundo”. Tendo em vista essa teologia simples, mas bastante clara da obra
evangelizadora da Igreja, vejamos a diferença entre evangelismo e
evangelização.
1. Evangelismo. Não são poucos os
obreiros que desprezam o evangelismo, alegando que, neste momento, carecemos
mais de ação do que de ismos. Todavia, para sermos bem-sucedidos no ministério
evangelístico, precisamos de um bom respaldo teológico. Doutra forma, não
saberemos como nos comportar no campo de batalha.
Ao realçar a
necessidade doutrinária do evangelista, afirmou J. I. Packer: “Em última
análise, só há uma forma de evangelização: o evangelho de Cristo explicado e
aplicado”. Isso significa que o evangelismo é uma disciplina indispensável à
igreja comprometida com a Grande Comissão.
É claro que não
devemos ficar apenas no campo teórico, pois o Mestre requer ação urgente e
prioritária de cada um de seus discípulos. Observemos que, antes de enviar os
setenta em missão pelas cidades da Judeia, Ele instruiu-os devidamente (Lc
10.1-11). Sem o evangelismo, a ação evangelizadora daquele grupo seria inócua.
A igreja
comprometida com a evangelização não despreza o evangelismo, pois sabe que
sempre haverá de precisar de homens e mulheres, adultos e crianças, que cumpram
com amor, zelo e sabedoria a Grande Comissão. Evangelismo não é teoria; é
aprendizado.
2. Evangelização. Antigamente, as
igrejas não se preocupavam em formar equipes de evangelização, porque toda a
congregação era evangelizadora. Mas, com o esfriamento espiritual e a
consequente departamentalização eclesiástica, começaram a aparecer equipes
especializadas em alcançar os diversos segmentos sociais. Acho louvável semelhante
iniciativa. Entretanto, com o surgimento de tais grupos, a evangelização leiga
praticamente desapareceu. Isso não é saudável nem à igreja, nem à sociedade. É
urgente, pois, retornarmos à laicização do trabalho evangelístico. Quando isso
acontecer, a tarefa de ganhar almas não será vista apenas como um trabalho do
ministério, mas uma obrigação de todo o povo de Deus.
O escritor
americano Richard C. Halverson descreve a evangelização como atividade
indispensável do povo de Deus: “Parece que a evangelização nunca foi um
problema em o Novo Testamento. Isso quer dizer que não encontramos os apóstolos
recomendando, exortando, repreendendo, planejando e organizando programas
evangelísticos. A evangelização simplesmente acontecia! Emanando sem esforços
da comunidade de crentes como a luz emana do sol, era automática, espontânea,
contínua, contagiante”.
A história da
Assembleia de Deus no Brasil, fundada em 18 de junho de 1911, realça a
veracidade das palavras de Halverson. Quando lemos a narrativa que Emílio Conde
faz de nossa igreja, temos a impressão de que, no início, todos os pentecostais
eram evangelistas. Aonde chegava um assembleiano, aí chegava um evangelista
que, não demorava, abria um ponto de pregação. Em breve, este se fazia
congregação e, mais adiante, uma próspera e robusta igreja.
Infelizmente, a
burocratização denominacional acabou por minar a espontaneidade evangelística e
missionária da igreja. Hoje, em muitos lugares, a proclamação do evangelho foi
reduzida a um evento distante e desvinculado das urgências da Grande Comissão.
Destacando o compromisso dos primeiros crentes com a visão evangelística,
escreve o pastor Roy Joslin: “Para os primeiros cristãos, a evangelização não
era algo que eles isolavam das outras áreas da vida cristã a fim de nela se
especializar, para analisá-la, teorizá-la e organizá-la. Eles simplesmente a
praticavam!” O irmão Joslin, autor do livro Urban Harvest [Colheita Urbana],
sabia muito bem que, para se conquistar uma cidade para Cristo, era urgente
envolver toda a igreja local em cada estágio da cruzada.
Se ficarmos
apenas na área teórica, jamais cumpriremos a nossa obrigação evangelística. O
tempo rapidamente passará e as oportunidades que ainda temos não demorarão a
esvair-se. Por isso, trabalhemos enquanto é dia, pois a noite escatológica já
começa a cobrir o mundo, levando milhões de preciosas almas a perderem-se para
sempre.
No encerramento
deste tópico, vale citar a observação bastante oportuna de Roland Allen: “O que
lemos em o Novo Testamento não é um apelo ansioso para que os cristãos
disseminem o evangelho; vemos uma nota aqui e outra ali que demonstra como o
evangelho estava sendo divulgado. Durante séculos a Igreja Cristã continuou a
expandir-se por sua vontade inerente e produziu um suprimento incessante de missionários
sem qualquer exortação direta”.
IV. Os Fundamentos da Evangelização
O trabalho
evangelístico requer um sólido alicerce bíblico-teológico, para que seja
plenamente efetivado. Eis os três principais fundamentos da evangelização: a
Bíblia, a experiência e a história eclesiástica.
1. A Bíblia. Quem sai a evangelizar tem
de saber que está cumprindo uma ordenança urgente de Cristo (Mt 28.19,20). Além
disso, o conteúdo da mensagem a ser proclamada, quer individual, quer
coletivamente, há de refletir a mensagem da cruz em sua inteireza, conforme
aprendemos com Paulo:
E eu, irmãos,
quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com
sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós,
senão a Jesus Cristo e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em
temor, e em grande tremor. A minha palavra e a minha pregação não consistiram
em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e
de poder. (1 Co 2.1-4)
Que o evangelista
seja bíblico em sua vocação, no exercício de seu ministério e na mensagem que
proclama. Se fugir à Palavra de Deus, num desses itens, seu trabalho estará
fadado ao fracasso.
2. A experiência. A experiência básica
do evangelista é a sua experiência pessoal com o Senhor Jesus. Paulo só
transmitia um ensinamento depois de havê-lo experimentado. Ao introduzir a
doutrina da Santa Ceia na igreja em Corinto, disse-lhes: “Porque eu recebi do
Senhor o que também vos ensinei” (1 Co 11.23). Como, pois, haverá alguém de
falar de Cristo se nenhuma experiência pessoal tem com o Senhor? Também não é
possível falar de salvação estando ainda perdido e caminhando a passos
acelerados e largos para o inferno.
A segunda
experiência básica do evangelista é o batismo com o Espírito Santo. Stanley
Jones afirmou que a vida cristã tem início no Calvário, mas o trabalho
eficiente, no Pentecostes. Se Deus o chamou a evangelizar, não deixe de buscar
o poder do alto. Sem a assistência do Espírito, não poderemos anunciar,
eficazmente, o evangelho de Cristo.
No capítulo
referente ao evangelista, voltaremos a tratar mais largamente sobre os
requisitos essenciais ao exercício desse glorioso ministério.
3. A História da Igreja Cristã. A
Igreja de Cristo tem um compromisso inadiável e orgânico com a evangelização do
mundo. É o que nos mostra a História. Se avivada, a igreja evangeliza, faz
missões e estende as fronteiras do Reino de Deus. Mas, caída, faz cruzadas,
promove guerras e empreende conquistas. Haja vista o que aconteceu em 1095. Nesse
ano, durante o Concílio de Clermont, o Papa Urbano II exortou os barões
franceses a libertar Jerusalém do jugo muçulmano. Dessa forma, a guerra
instalou-se novamente nas terras de Israel, levando o nome de Cristo ao
descrédito.
O evangelista
deve conhecer bem a história e a tradição eclesiástica, a fim de não cometer os
erros do passado. Ele tem de saber que a missão é difundir o cristianismo, não
a cristandade visível e eivada de erros.
Conclusão
Se cremos no
poder do evangelho, saiamos a falar de Cristo. Comecemos por nossa casa. E,
assim, haveremos de constatar que nenhuma porta resistirá ao impacto da Palavra
de Deus. De fato, Jesus não nos obriga a converter o mundo. Todavia,
constrange-nos a espalhar a sua mensagem até aos confins da terra.
O evangelista
iugoslavo Josip Horak afirmou no auge do comunismo em seu país: “Quando nosso
Senhor envia-nos a testificar em seu nome, não nos coloca contra uma parede.
Pelo contrário, dá-nos uma porta aberta para a evangelização, uma porta que
nenhum homem pode fechar”.
Autor:
Claudionor de Andrade
paz do Senho irmãos... este mês não vai ficar disponivel no site a revista de professor?
ResponderExcluiraqui na minha cidade usamos o data show e usamos literalmente os dados da revista.
Jà fez falta na hora preparar a aula.
se puderem deixar disponivel o mais rapido possivel no formato pDF.
FIco grato
AT: Luciano Mendes
email : lucianom33@hotmail.com
Muito bom Deus abençoe
ResponderExcluir